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Meu infinito Particular...: 08/2013

sábado, 3 de agosto de 2013

Vou voar...

Hoje eu quis voar, lembrei que não tenho asas, mas que ser miserável sou eu nem para voar eu presto. Pensei: subo o mais alto que puder, alto bem alto e pulo, é isso, pulo lá do alto sinto o vento bater em meu rosto aquela sensação gostosa e agradável de estar livre vai ser bom, e fiz, sai de casa decidida e determinada encontrei o que tinha de mais alto ao meu alcance subi, demorou... As pernas doeu, me faltou  folego e em um certo ponto até coragem, mas não desisti quando cheguei lá no alto e olhei para baixo lembrei que aquele salto seria único em minha vida, porem determinada estava determinada continuei.  Fechei os olhos senti o vento gelado de agosto bater em minha face lembrei-me de varias pessoas e de varias coisa, lembrei das ultimas coisas que ouvi, falei e li hoje, algumas lagrimas me saltaram dos olhos escorreram gelas sobre meu rosto como se fossem faíscas de gelo e num surto de coragem e desespero pulei... Cada acréscimo de segundo em minha queda era como se o forte vento que batia em meu corpo fosse arrancando uma camada de pele uma camada de sentimento e quando cheguei ao chão senti o impacto em minha matéria agora fria e sem reação, o salto revelou-me que sou mais sentimento que matéria, ao cair eu me despi de varia sensações e sentimentos que estava me deixando pesada e me impedindo de ir além, necrosando minha carne como uma ferida que teima em não curar-se, a queda doeu, doeu muito e foi esta dor que me fez perceber que não poderia voar, contudo poderia dar saltos de coragem no desconhecido.